sábado, 15 de dezembro de 2012

Mortalidade infantil é 138% maior entre crianças indígenas


Relatório divulgado diz que nos últimos dois anos mais de 50 crianças indígenas morreram por causas como desnutrição no Brasil 
 Os meios de comunicação diversas notícias que OMITEM de maneira gritante a crise social que existe no Brasil.
Um desses casos de omissão da imprensa é um relatório que indica a morte de dezenas de crianças indígenas no Brasil nos últimos dois anos.
Foi divulgado no dia 10 de abril pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o relatório “Violências Contra os Povos Indígenas – 2006-2007” em que expõe de maneira abrangente vários aspectos do massacre sistemático infringido contra os povos indígenas brasileiros.
Um dos aspectos mais interessantes do relatório revela um verdadeiro genocídio de crianças indígenas, patrocinado pelo governo.
Mortalidade indígena é mais de duas vezes maior
Um estudo realizado pela Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), organização ligada à ONU (Organização das Nações Unidas), constatou que a mortalidade infantil no Brasil é dezenas de vezes maior entre crianças indígenas e negras que entre crianças brancas. No País, morrem 24 crianças a cada mil nascidas vivas, um índice bastante alto para os padrões internacionais. Nos Estados Unidos, por exemplo, são oito crianças a cada mil, no Chile são nove crianças, na Argentina 12, no Uruguai 16 e em Cuba sete crianças. Segundo o estudo, as mortes de crianças negras é 37% maior que entre crianças brancas. No caso das crianças indígenas o resultado é desastroso. A mortalidade infantil entre os índios é 138% maior que entre crianças brancas.
O estudo foi realizado entre os anos de 1990 e 2006 e constatou que no País há cerca de 11 milhões de crianças com até seis anos de idade e que mais da metade destas crianças, 55%, são de famílias pobres que se sustentam com menos da metade de um salário mínimo, ou seja, menos de R$ 200 por mês.
Segundo o relatório apresentado sobre a situação das crianças indígenas, no período de 2006 a 2007 foram registradas 51 mortes de crianças indígenas. E as principais causas não são de mortes provocadas por outros indivíduos, mas por inanição, disenteria, hepatite, gripe, meningite, desidratação, pneumonia e tuberculose. Há ainda o caso de uma criança que morreu durante o parto, por falta de assistência médica. 
Os principais estados que apresentaram mais mortes foram o Mato Grosso do Sul, com 17 mortes de crianças, no Maranhão 12 bebês morreram de desnutrição e desidratação, no Tocantins, teve 11 mortes, Rondônia com sete e Amazonas com cinco crianças mortas.
Centenas de crianças desnutridas
De todas as mortes de crianças indígenas registradas, a causa principal destas mortes é a desnutrição, ou seja, a fome. Estados como Mato Grosso do Sul, Tocantins e Santa Catarina os casos de desnutrição se multiplicam. Levantamento realizado em aldeias ao norte do estado de Santa Catarina registrou casos de desnutrição em 42,85% das crianças. No Tocantins, 75 crianças apresentaram sintomas de desnutrição. No Acre, 76,3% de crianças indígenas da etnia Kaxinawá que estão em duas aldeias, Paroá e Caucho, sofrem de desnutrição crônica. Esta é o maior índice nacional.
Outro estado em situação crítica é o Mato Grosso onde 250 crianças apresentaram sintomas de desnutrição. Em Tocantins, outros 19 casos de desnutrição entre as crianças foram registrados.
O estado que apresenta mais casos de desnutrição é o Mato Grosso do Sul, segundo dados oficiais, da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), de 2.300 crianças indígenas de zero a cinco anos, 8% delas, 184, apresentaram desnutrição e outras 322 crianças, 14% do total, estavam sob o risco de estarem desnutridas. Mas há estimativas não oficiais de que existam atualmente 600 crianças desnutridas em diversas aldeias indígenas do estado.
Na cidade de Dourados, 30 crianças na faixa de seis meses a dois anos, apresentaram desnutrição. Somente em 2005 neste município foram registradas mortes de 17 crianças indígenas.
Segundo Cristiano Navarro, integrante do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a desnutrição das crianças é causada pela falta de terras para os índios viverem e uma política voltada para atender os mínimos direitos básicos.
Citando o caso de Mato Grosso do Sul (MS), onde os índices de desnutrição de crianças indígenas é um dos maiores de todo o Brasil, Cristiano Navarro disse: “Temos em Mato Grosso do Sul uma população de 40 mil pessoas [indígenas] para uma área de 40 mil hectares. Então a produção social interna de alimento é muito pequena. Isso resulta em vários tipos de desintegração, inclusive da organização social tradicional e na dependência da cesta básica. Tudo isso leva a uma forma de vida que acarreta na subdesnutrição”. (Radioagência Notícias do Planalto, 12/3/2008).
Governo genocida
A calamidade vivida por milhares de índios deve-se exclusivamente à omissão e completo descaso dos governos estaduais e principalmente do governo Lula com os povos indígenas. Estes povos sofrem sistematicamente com a falta de assistência básica como falta de alimentação, falta de terras, falta de saneamento, medicamentos, assistência médica regular, falta de água potável etc. estão sujeitos a uma degradação cada vez maior e gradativamente estão sendo exterminados.
Para os órgãos diretamente responsáveis pela situação indígena, como a Funasa (Fundação Nacional da Saúde), as péssimas condições de vida dos índios é casual. Para o coordenador-geral de Atenção à Saúde Indígena da Funasa, Flávio Pereira Nunes, as mortes das crianças indígenas se deve a um problema espacial, segundo ele: “É importante lembrar que 75% da população indígena vive no Norte e no Nordeste. Em alguns municípios do Nordeste, a mortalidade infantil chega a 40 crianças por mil, não muito distante da média entre os índios", ou seja, a morte deles é natural, não tem nenhuma anormalidade. Outro cínico do governo é o diretor do Departamento de Saúde Indígena (Desai), Wanderley Guenka, segundo ele, “A mortalidade de crianças indígenas sempre será maior do que na população não-índia” (Radio Agência Notícias do Planalto, 12/3/2008). Wanderley Guenka ainda foi mais longe na dissimulação ao dizer que parte da mortalidade era ocasionada, supostamente, pelo difícil acesso que existe para se chegar às comunidades indígenas. Uma farsa, já que em diversas aldeias que ficam localizadas próximas a regiões urbanas há altos índices de mortalidade infantil.
A demagogia do governo em investir em políticas de atendimento às populações indígenas não ultrapassa as portas do Congresso Nacional “mensalão”. Segundo a Câmara dos Deputados, desde 2003 há investigações sobre a causa das mortes de tantas crianças indígenas. Em mais de quatro anos de suposta investigação, não foi feito nada e o número de crianças mortas e doentes duplicou. O escândalo do altíssimo índice de mortalidade infantil entre os índios é tanto que órgãos internacionais como a Anistia Internacional e a Unicef criticaram o governo brasileiro que para aparentar alguma preocupação com a causa indígena, em dezembro do ano passado, o Congresso instalou mais uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para fingir que está preocupado com as mortes das crianças indígenas.

ÍNDICE DE MORTALIDADE INFANTIL NAS ALDEIAS INDÍGENAS DE DOURADOS POR MIL HABITANTES
2000141,56
200185,97
200246,3
200351,75
200466,01
200538,54
200624,12
200739,68
200828,68
200941,68
201032,11

As reservas indígenas no Brasil

Via Jornal o Rebate Argemiro Pertence






Algumas mentes pouco arejadas insistem na solução de que é necessário roubar ainda mais terras dos índios do que já foram roubadas nesses últimos 500 anos. Justificam mais este assalto pela existência de importantes reservas de metais estratégicos nas atuais reservas indígenas.
Ora, ninguém se incomodou quando o "branco" Eliezer Batista controlou pessoalmente, através de empresas estatais sob seu comando, durante os 21 anos de ditadura militar, todo o minério de ferro de Minas Gerais e todo o minério de manganês do Amapá, deixando enorme herança para seu filho Eike, hoje o homem mais rico do país. Eliezer pode, os índios, donos da terra há milênios, não podem! A mente pouco arejada dessa gente conduz a uma brutal falta coerência.
Hoje quem explora o ferro em Minas Gerais é a Vale, empresa privatizada em 1998, no governo Fernando Henrique, por R$ 3,3 bilhões, valor que correspondia, à época a somente 25% do lucro da empresa no mesmo ano - R$ 12,5 bilhões. Pode parecer brincadeira, mas não é.
Sem me ater a decisões políticas ou jurídicas, prefiro ir à lógica.
Instalados nestas terras há milênios, os indígenas veem, de repente, seu espaço ser invadido - o termo é este mesmo: invadido - por europeus que os agridem, infestam-nos com doenças mortais para eles e expulsam-nos de suas casas.
Se hoje são apenas 600 mil índios, a causa desta redução está, principalmente, no genocídio praticado por europeus contra eles e, em menor parte pela miscigenação com brancos e negros. O reduzido número de indígenas não é culpa deles. Por favor, não podemos inverter os fatos. O reduzido número de indígenas é resultado da ilegal, desleal, desumana e estúpida atuação do branco europeu.
A chamada civilização ocidental baseia-se no direito de propriedade desde priscas eras. No entanto, esse direito foi roubado aos nossos índios, como foi roubado também aos primeiros habitantes de nossa sofrida América Latina (em especial aos maias, astecas e incas) e aos "peles-vermelhas" da América do Norte.
Pelo genocídio praticado contra os peles-vermelhas na até hoje violenta América do Norte nasceram heróis nacionais como Buffalo Bill e o general George A. Custer. Os de cá receberam o apelido de "bandeirantes" e muitos de nós aprendemos seus nomes na escolas, sendo também citados como heróis. Qualquer semelhança não é mera coincidência.
O  que está havendo no "civilizado" Brasil não passa de um golpe contra uma minoria. Nossos índios merecem um pedido formal de desculpas que eles aceitariam se quisessem. A usurpação de que foram vítimas permanece.
O tempo não pode apagar crimes destas dimensões. Napoleão Bonaparte, Adolf Hitler, Augusto Pinochet, o presidente dos EUA Harry S. Truman que ordenou o lançamento de duas bombas atômicas sobre o povo do Japão já derrotado e rendido, dentre muitos outros jamais serão apagados da História.
E chega de inversão dos fatos!
A. Pertence

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Segundo dia de Arrecadação "Natal sem fome nas aldeias"


SÁBADO-DIA 15 DE DEZEMBRO 12:00 HORAS NA ENTRADA DO PARQUE MUNICIPAL (Francisco Nunes)


O  Comitê Mineiro  de Apoio á causa Indígena-CMACI lançou no último domingo dia 09/12 a campanha Natal sem fome nas aldeias.

Amigos, a LUT(A) Guarani- Kaiowá,esta etnia e seu drama que reabriu a polêmica e dolorosa questão da situação indígena no país,nos mostrou que  precisamos ultrapassar a falácia é hora de irmos á ação prática.Dia 15 de dezembro daremos continuação a campanha de arrecadação de alimentos e materiais de higiene pessoal para enviarmos ás aldeias.Precisamos de todos nessa empreitada.

FIQUEM ATENTOS ÁS DATAS PREVISTAS PARA A COLETA DOS ALIMENTOS: DIA 9,15 E 23 DE DEZEMBRO NA PORTA DO PARQUE MUNICIPAL E A ENTREGA NA ALDEIA SERÁ POR VOLTA DO DIA 26 DE DEZEMBRO!

LEVEM SUA MELHOR DISPOSIÇÃO,PINTEMOS A CARA NOVAMENTE! ENCHAM O CORAÇÃO DE BONDADE,TRAGAM SUAS DOAÇÕES, E AMEM A JUSTIÇA SOCIAL!

SOMOS TODOS INDÍGENAS POR UM NATAL SEM FOME!


comitemineiro@gmail.com


http://comitemineiro.blogspot.com.br/


https://www.facebook.com/groups/comitemineirocausaindigena/



CAMPANHA SOLIDÁRIA POR UM NATAL SEM FOME NAS ALDEIAS INDÍGENAS


A Campanha "Natal Sem Fome nas Aldeias" foi lançada dia 09 de dezembro de 2012, pelo Comitê Mineiro de Apoio á Causa Indígena*, e terá a duração de três semanas para arrecadação de alimentos, materiais de higiene e primeiros socorros (confira no verso a lista de itens que você pode doar) na portaria da Av. Afonso Pena do Parque Municipal, finalizando até o dia 23 de dezembro. A campanha culmina na entrega dos donativos arrecadados às aldeias por volta do dia 27 de dezembro. Esta iniciativa surgiu da necessidade de intervir na situação de extrema pobreza e miséria em que se encontram diversas etnias do estado e do país, minimizando o quanto for possível suas dificuldades e condições indignas de vida.

A princípio, serão contempladas as aldeias indígenas do interior do estado de Minas Gerais e da Região Metropolitana de Belo Horizonte, ampliando-se posteriormente para o resto do país com a colaboração de demais organizações comprometidas com os povos indígenas, seguridade social e direitos humanos. Por hora, a campanha se trata de mais ação pontual que tem como objetivo atender ás necessidades destas populações mais próximas, temos, porém, como ambição formar uma proposta duradoura de auxílio ás mesmas.

Em minas Gerais há atualmente doze etnias indígenas espalhados em dezessete territórios diferentes, são elas as etnias Maxakali, Xakiabá, Krenak, Aranã, Mukuriñ, Pataxó, Pataxó hã-hã-hãe, Atu-Awa-Arachá, Caxixó, Puris, Xukuru-Kariri, Pankararu. Pertencentes ao tronco linguístico Macro-Jê, esses quase onze mil indivíduos, em sua maioria, trabalham para fazendeiros próximos de sua aldeia ou já empreenderam migrações para os centros urbanos, pois que constam nos dados geográficos do Estado grandes êxodos de populações indígenas para as cidades em busca de melhores condições de vida. Grande parte destas etnias passa por situação de pobreza, miséria, abandono por parte das autoridades governamentais, além dos conflitos fundiários que se materializam em constantes invasões de suas terras por posseiros. Alguns grupos ainda sofrem com epidemias e dependência de substâncias psicoativas, dentre as que mais se acentuam estão a leishmaniose e o alcoolismo.

A campanha “Natal Sem Fome Nas Aldeias” pretende angariar 500 cestas básicas para serem doadas ás aldeias. É um grande desafio! E agora que conheceu um pouco mais desta difícil realidade de nossos irmãos, desafiamos você, leitor, a fazer parte desta ação solidária de amor e respeito aos povos indígenas. Desde já agradecemos a sua colaboração por um mundo mais justo e digno para todos os povos!

Awe!


*O Comitê Mineiro de Apoio à Causa Indígena é um coletivo virtual formado por ativistas que se preocupam com a causa indígena no estado, no país e no mundo, sob o ponto de vista cultural, científico e social. Sem fins lucrativos, o comitê foi criado em Belo Horizonte - Minas Gerais com os objetivos de:
·         fomentar o debate e apoiar as comunidades indígenas no país,
·         promover a informação e formação cultural,
·         pesquisar e publicar temas sobre a temática indígena, e ainda
·         mobilizar a população em ações coletivas de auxílio e apoio ás aldeias em questões de terras, saúde, valorização cultural, assistência social e defesa dos Direitos Humanos.

Para mais informações, conheça nosso blog através do endereço eletrônico http://comitemineiro.blogspot.com.br/, ou participe do nosso grupo no Facebook no endereço http://www.facebook.com/groups/comitemineirocausaindigena/.












Indígenas Xavantes de Marãiwatsédé lutam pelo direito às suas terras





Indígenas Xavantes de Marãiwatsédé lutam pelo direito às suas terras

  

Habitando há séculos o território de Marãiwatsédé, no norte do estado do Mato Grosso, indígenas da etnia Xavante vem enfrentando a ocupação e ameaças por parte de fazendeiros que tentam expulsá-los de suas terras. Há 14 anos homologada, encontra-se invadida em quase sua totalidade por latifundiários e posseiros. No passado dia 6 de dezembro, após acórdão do Supremo Tribunal Federal anunciado a 17 de outubro, a Justiça em Mato Grosso deu início à entrega das intimações para a retirada dos ocupantes ilegais das terras ancestrais.
O jornalista Felipe Milanez, especializado em questões indígenas, escreveu:
O território xavante, chamado Marãiwatséde, está no centro de um eixo de escoamento de soja e gado, onde o governo federal quer asfalta a BR-158. O traçado ficaria fora da reserva, e da Ferrovia Centro-Oeste, que liga as cidades de Campinorte (GO) e Lucas do Rio Verde (MT).
A disputa por este território expõe a dificuldade do governo em controlar os conflitos fundiários na Amazônia. Os pequenos posseiros, tradicionais inimigos dos índios na região, deram lugares aos grandes ruralistas – que se negam a deixar o território. A pressão externa tem provocado divisões internas dos Xavantes, que colocam em risco a vida das principais lideranças.
Aldeia Xavante. Foto de Felipe Milanez, usada com permissão.
Aldeia Xavante. Foto de Adriano Gambarini/OPAN, usada com permissão.
Ainda segundo Milanez, os problemas começaram em 1966, com a expulsão dos índios da região que, transportados em aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) para um outro território Xavante a 400km de distância, foram vítimas de uma epidemia de sarampo que matou ao menos 150 índios, forçando o espalhamento da comunidade por outros territórios indígenas, em uma espécie de “exílio interno no país”. Com a posterior chegada de Ariosto da Riva, um empresário paulista que comprou o território de Marãiwatsédé, a região passa a ser conhecida como Suiá-Missu, um latifúndio com 1,8 milhão de hectares. A terra passou então pelas mãos de diversas empresas até a Eco-92, no Rio de Janeiro, quando a empresa italiana que então detinha posse da terra – a Agip Petrolli – decidiu devolver a terra aos índios.
Como se vê, a terra foi devolvida para ser invadida por fazendeiros e posseiros que, hoje, estão sendo expulsos por decisão judicial favorável aos indígenas. Sobre este processo, iniciado a 10 de dezembro, informa o Greenpeace:
Este é um momento crucial para a desintrusão da terra dos Xavante, processo liderado pela Funai (Fundação Nacional do Índio) e que conta com respaldo de forças policiais.
Indígenas Xavantes. Foto de Felipe Milanez, usada com permissão.
Indígenas Xavantes. Foto de Felipe Milanez, usada com permissão.
A desintrusão dos posseiros invasores não vem, porém, de forma pacífica. Bloqueios de estrada foram feitos por posseiros e há ameaça de violência, como tuitou a jornalista Andreia Fanzeres (@Andreiafanzeres):
http://www.xingu-otomo.net.br/
Jornais de MT noticiam hj que invasores de #m

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

09 de novembro DIA NACIONAL DA LUTA PELO POVOS GUARANI- KAIOWÁ.

Aconteceram muitas iniciativas de manifestações em todo o país a favor da população indígena Guarani-Kaiowá que vive uma nova ameaça de invasão de seu território. Pretendemos unir forças neste evento para organizar os atos numa mesma data e horário para conseguir mais visibilidade e voz.

Em Belo horizonte a mobilização contou com a participação de cerca de 600 pessoas além dos transeuntes que foram abordados com uma flor branca pedindo "paz aos povos indígenas brasileiros! 




A proposta: Dia 09 de novembro DIA NACIONAL DA LUTA PELO POVOS GUARANI- KAIOWÁ.
DIANTE DESTA AMEÇA À VIDA E AOS DIREITOS HUMANOS, A SOCIEDADE BRASILEIRA ESTÁ SE MOBILIZANDO E SE ORGANIZANDO EM DEFESA DESTE POVO QUE AO LONGO DA HISTÓRIA TÊM SIDO VÍTIMA DE VIOLÊNCIA, MAUS TRATOS, AUSÊNCIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS E DESCASO DO GOVERNO FEDERAL.

Neste evento podemos nos comunicar e agir juntos! Divulguem e compartilhem, convidem amigos, instituições, movimentos sociais, governos locais e todo tipo de organização que possa reforçar esta luta.

IMPORTANTE! A PROPOSTA SÃO MANIFESTAÇÕES PACÍFICAS E APARTIDÁRIAS!!! 
















Seminário A Cosmociência Guarani, Mbya e Kaiowá / 11.12.12

Programação
11/12
10h: Abertura
Cerimônia realizada pelos especialistas Guarani, Mbya e Kaiowa.
Palavras de acolhimento e abertura do seminário:
José Carlos Levinho, Museu do Índio-Funai | Efigênia Ferreira e Ferreira, Reitoria da UFMG | Ana Gita de Oliveira, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-IPHAN | Deborah Lima, Departamento de Sociologia e Antropologia da UFMG | Nádia Heusi Silveira, FUNAI | César Guimarães, Festival de Inverno da UFMG | Tonico Benites, Aty Guasu, PPGAS Museu Nacional UFRJ, Dourados, MS.

14h: Ñande ypy. Origem do mundo.
Ñande ypy é um conceito guarani que inclui a origem dos seres e todas as coisas. Todos os suportes e estruturas do mundo são vinculados a estas origens.
Palestrantes Guarani, Mbya e Kaiowá:
Atanásio Teixeira, aldeia Limão-Verde, Amambai, MS | Pedro Gonçalves Tapari, aldeia Arroio Kora, Paranhos, MS | Salvadora Chamorro, aldeia Ypo’i, Paranhos, MS | Leonel Lopes, aldeia Kurusu Amba, Coronel Sapucaia, MS |
Talcira Gomes, aldeia Itapuã, Viamão, RS
Mediação: Deise Lucy Montardo (UFAM e Instituto Brasil Plural)

20h: Tava, a casa de pedra. Filme de Ariel Ortega, Ernesto de Carvalho, Patricia Ferreira, Vincent Carelli, Pernambuco, 2012, 78′.
Apresentação de Ariel Ortega e Patrícia Ferreira, aldeia Koenju, RS.

12/12
9h: Ore ava reko e ore rekoha. Nosso modo de ser e de viver no tempo-espaço.
Os comportamentos são para os povos guarani, kaiowa e mbya, modos de existência indispensáveis, que significam estar em boa relação com os seres visíveis e invisíveis. Garantir a existência harmoniosa e equilibrada no tempo-espaço é o trabalho constante dos seus xamãs e intelectuais.

Palestrantes Guarani, Mbya e Kaiowá:
Getulio Juca, aldeia Jaguapiru, Dourados, MS | Alda Silva, aldeia Jaguapiru, Dourados, MS | Rosalino Ortiz, aldeia Yvy Katu, Japorã, MS | Valério Vera Gonçalves, aldeia Panambi, Douradina, MS | Ângela Lopez Ramirez, aldeia Koenju, RS

Mediação: Nádia Heusi Silveira

14h: Ore Aty Guasu, jeroky, tekorã. Palavras de ação.
A recepção, a transmissão e o consenso das palavras orientam as ações. Estar na terra e lutar pela terra é uma forma de ser solidário a ela, pois ela está sofrendo, assim como as pessoas. É uma forma de ajuda mútua, de reciprocidade com ypy. Com que tipos de atos e instrumentos é possível fazer este trabalho cotidiano que pertence aos intelectuais, xamãs e pensadores indígenas?

Palestrantes Guarani, Mbya e Kaiowá:

Eliseu Lopes, aldeia Kurusu Amba, Coronel Sapucaia, MS | Atanásio Teixeira, aldeia Limão-Verde, Amambai, MS | Jorge Oliveira Gonçalves, aldeia Potrero Guasu, Paranhos, MS | Pedro Gonçalves Tapari, aldeia Arroio Kora, Paranhos, MS | Alcindo Wera Moreira aldeia M'Biguaçu, Florianópolis, SC

Mediação: Luciane Ouriques Ferrara

18h: Encerramento: Homenagem póstuma aos intelectuais Guarani, Mbya e Kaiowa
Oradores:
Dionisio Gonçalves, aldeia Arroio Kora, Paranhos, MS | Fernando Gonçalves, aldeia Ypo’i, Paranhos, MS | Lide Solano Lopes, aldeia Pyelito Kue, Iguatemi, MS | Valmir Gonçalves Cabreira, aldeia Guaiviry, Ponta Porã, MS | Crecencia Flores, aldeia Guaiviry, Ponta Porã, MS

Intelectuais e líderes políticos homenageados

Marçal de Souza Tupã’i
Pancho Romero
Samuel Martins
Marcos Veron
Dorvalino Rocha
Dorival Benites
Xurite Lopes
Ortiz Lopes
Rolindo Vera
Genivaldo Vera
Nísio Gomes
Osmair Fernandes
José Barbosa de Almeida (Zezinho)
Rosalino Solano Lopes
Eduardo Pires
Paulito Aquino
Delosanto Centurion
Lázaro Morel
Lauro Concianza
Teodoro Ricarde
Amilton Lopes
Osvaldo Lopes
Adelio Rodrigues
Francisco Benites Romeiro
Rosalino Ximenes
Tomazia Vargas
Dom Quitito Vilhalva
Mario Vera
Mario Turiba
Ilario Cario
Felix Pires

Tradutores: Tonico Benites, Dourados, Museu Nacional, UFRJ | Izaque João, aldeia Panambi, Douradina, MS | Oriel Benites, aldeia Limão Verde, Amambai, MS | Genito Gomes, aldeia Guaiviry, Ponta Porã, MS | Geraldo Moreira, aldeia M'Biguaçu, SC | Vherá Poty Benites, aldeia Itapuã, Viamão, RS

Participantes
Convidados rezadores ñanderu Guarani, Mbya e Kaiowa e pesquisadores indígenas de Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul

Tonico Benites, antropólogo, UFRJ, Museu Nacional, Dourados, MS
Atanásio Teixeira, aldeia Limão-Verde, Amambai, MS
Jorge Oliveira Gonçalves, aldeia Potrero Guasu, Paranhos, MS
Pedro Gonçalves Tapari, aldeia Arroio Kora, Paranhos, MS
Dionisio Gonçalves, aldeia Arroio Kora, Paranhos, MS
Salvadora Chamorro, aldeia Ypo’i, Paranhos, MS
Fernando Gonçalves, aldeia Ypo’i, Paranhos, MS
Lide Solano Lopes, aldeia Pyelito Kue, Iguatemi, MS
Leonel Lopes, aldeia Kurusu Amba, Coronel Sapucaia, MS
Getulio Juca, aldeia Jaguapiru, Dourados, MS
Alda Silva, aldeia Jaguapiru, Dourados, MS
Valmir Gonçalves Cabreira, aldeia Guaiviry, Ponta Porã, MS
Crecencia Flores, aldeia Guaiviry, Ponta Porã, MS
Genito Gomes, aldeia Guaiviry, Ponta Porã, MS
Izaque João, aldeia Panambi, Douradina, MS
Karlene Pires, Dourados, MS
Eliseu Lopes, aldeia Kurusu Amba, Coronel Sapucaia, MS
Rosalino Ortiz , aldeia Yvy Katu, Japorã, MS
Valério Vera Gonçalves, aldeia Panambi, Douradina, MS
Oriel Benites, aldeia Limão Verde, Amambai, MS
Vherá Poty Benites, aldeia Itapuã, Viamão, RS
Talcira Gomes, aldeia Itapuã, Viamão, RS
Ariel Ortega, aldeia Koenju, RS
Patrícia Ferreira, aldeia Koenju, RS
Ângela Lopez Ramirez , aldeia Koenju, RS
Geraldo Moreira, aldeia M'Biguaçu, SC
Rosa Mariani Cavalheiro, aldeia M'Biguaçu, SC
Alcindo Wera Moreira Aldeia M'Biguaçu, Florianópolis, SC





https://www.facebook.com/media/set/?set=a.10151360285207355.458867.562552354&type=3

Audiência Pública Guarani-Kaiowá na ALMG

DIA 13 DE DEZEMBRO ÁS 9:00

Na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Com a presença das lideranças Guarani-Kaiowá:


Alda Silva, 
Dionizio Gonçalves, 


Eliseu Lopes, Genito Gomes,Getúlio Juca

Oriel Benites,Tonico Benites



Tonico Benites.


Na plateia também teremos a presença de outras lideranças e rezadores Guarani-Kaiowá


Além disso, foram enviados convites para a FUNAI e para o Ministério Público Federal.

A FUNAI já informou que enviará um representante.




No final da audiência pública a palavra será aberta para a plateia, então os representantes
do movimento poderão se pronunciar!


VAMOS COM CORAGEM PINTAR NOSSA CARA NOVAMENTE DE CARVÃO E URUCUM!
LEVEMOS FAIXAS E CARTAZES PEDINDO O FIM DO SOFRIMENTO GUARANI-

KAIOWÁ DE UMA VEZ POR TODAS!




RELATÓRIO AUDIÊNCIA PÚBLICA GUARANI-KAIOWÁ NA ALMG

A reunião na ALMG começou com os rezadores Guaraní-kaiowas e suas danças e canções típicas.
O Clima era de tristeza e cansaço, alguns líderes indígenas dormiam, vide a agenda e a longa viajem até Minas Gerais.
Oito lideres indígenas foram ouvidos e a grande máxima era pela demarcaçãourgente das terras.
Ficou claro que esta etnia está vivendo um processo de confinamento que está levando jovens ao desespero e ao suicídio.
Além das ameaças de morte e assassinatos de lideranças indígenas, impunes até esta data.
Em seguida se pronunciaram , parlamentares , antropólogo,O representante dos "Advogados sem fronteiras" e um representante da FUNAI
As falas eram unânimes na garantia das terras originais.Para a preservação da vida e da cultura.

"Somos tratados como bichos,como porcos no chiqueirado,não queremos cestas básicas, queremos terra para plantar,ter saúde e dar risada".(Alda Silva-Liderança Kaiowá)

Segue abaixo o resultado oficial do site da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e os devidos requerimentos ao Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes,ao Conselho Nacional de Justiça e à Corregedoria Geral de Justiça do TJMG, aos Deputados Federais e Senadores de Minas Gerais,ao Ministério da Justiça.

O Comitê Mineiro de Apoio á causa indígena e o IMEL( Instituto Imersão Latina),vão acompanhar de perto os encaminhamentos feitos por essa comissão,sabemos que um primeiro passo foi dado rumo á justiça na questão densa e complexa que vive o povo Guarani-Kaiowá.
AGUIJE( OBRIGADO EM GUARANI)



RESULTADO DA 39ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA - AUDIÊNCIA PÚBLICA

http://www.almg.gov.br/atividade_parlamentar/comissoes/internaPauta.html?idCom=8&dia=13&mes=12&ano=2012&hr=09%3A00&tpCom=2&aba=js_tabResultado

VÍDEO POR DANI VEG VEDDER:
http://www.youtube.com/watch?v=ry-rOMvjLoQ&feature=youtu.be


http://www.youtube.com/watch?v=ry-rOMvjLoQ&feature=youtu.be&noredirect=1




















segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Campanha:NATAL SEM FOME NAS ALDEIAS

A Campanha" Natal Sem Fome nas Aldeias" foi lançada dia 09 de dezembro de 2012,pelo Comitê Mineiro de Apoio á Causa Indígena, e terá a duração de três semanas tendo a sua finalização dia 23/12 a culminância será por volta do dia 27 , quando levaremos os alimentos e materias de higiene e primeiros socorros até as aldeias.
A iniciativa surgiu através da necessidade de intervir na situação de extrema pobreza e miséria em que se encontram diversas etnias do estado e do país.
A princípio a campanha contemplará as aldeias do interior do estado de Minas Gerais e indígenas na Região Metropolitana de Belo Horizonte.Sendo posteriormente ampliada para o resto do país com a colaboração de demais organizações.Por este momento se trata de ma ação pontual que tem como objetivo minimizar o sofrimento desta população mais próxima,temos porém como ambição formar uma proposta duradoura de auxílio ás mesmas.Em minas Gerais á atualmente doze etnias indígenas espalhados em dezessete territórios diferentes.As etnias Maxakali,Xakiabá,Krenak,Aranã,Mukuriñ,Pataxó,Pataxó hã-hã-hãe,Atu-Awa-Arachá,Caxixó,Puris,Xukuru-Kariri,Pankararu.
        As doze etnias que vivem atualmente no Estado de Minas Gerais são pertencentes ao ao tronco linguístico Macro-Jê e são aproximadamente onze mim indivíduos,que em sua maioria trabalham para fazendeiros próximos de sua aldeia,além de grandes êxodos para as cidades em busca de melhores condições de vida.A grande maioria destas etnias sofrem com a pobreza, a miséria e o abandonos por parte das autoridades governamentais,
Algumas delas sofrem com questões leishmaniose e alcoolismo,além da questão da terra invadida por posseiros.A campanha Natal sem fome pretende angariar 500 cestas básicas para levar ás aldeias.É um grande desafio, e desafiamos á você leitor a fazer parte desta ação solidária de amor e respeito aos povos indígenas.









 


LANÇAMENTO DA CAMPANHA NATAL SEM FOME NAS ALDEIAS